Com a chegada de fevereiro, os motoristas brasileiros enfrentarão um aumento nos preços dos combustíveis devido ao reajuste no ICMS. Este aumento no imposto estadual afeta diretamente o custo dos combustíveis em todo o país. A gasolina e o etanol serão os mais impactados, com um acréscimo de R$ 0,10 por litro, enquanto o diesel e o biodiesel terão um aumento de R$ 0,06 por litro. Tais reajustes tendem a aumentar a preocupação com a inflação, pois o transporte é um componente crucial no preço de produtos e serviços. 5f82k
No último ano, a gasolina foi um dos principais contribuintes para o aumento do IPCA, acumulando um aumento significativo no período. Com a inflação ultraando o limite estabelecido, o Banco Central adota estratégias como o aumento das taxas de juros para controlar a economia, mas isso pode desacelerar o crescimento econômico. Assim, o reajuste no ICMS deve ser analisado também sob a ótica de suas implicações macroeconômicas.
O Comsefaz justificou o reajuste do ICMS como uma medida necessária para equilibrar as finanças estaduais. Segundo o comitê, a alteração busca ajustar o sistema fiscal às oscilações do mercado e garantir uma tributação mais equitativa. Mesmo com a Petrobras não seguindo mais o Preço de Paridade Internacional (PPI) rigidamente, as variações nos preços domésticos exigem um ajuste nas políticas tributárias para seguir as tendências de mercado.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que existe uma diferença significativa entre os preços praticados internamente e aqueles do mercado internacional. Atualmente, o preço do diesel interno está 24% abaixo do mercado global, enquanto a gasolina está 13% mais barata. Esses desajustes tornam as operações de importação menos seguras, prejudicando o abastecimento regular do mercado.